3 problemas de gestão do escritório de Advocacia que impactam diretamente em sua rentabilidade

Ao contrário do que a graduação em Direito possa dar a entender, os advogados, no exercício da profissão, precisam dominar não somente a atividade jurídica, mas também práticas de gestão empresarial. Isso porque, a partir do momento em que se decide montar um escritório, surge a figura do advogado-gestor que será responsável pelo crescimento e manutenção dessa estrutura.

Sob o ponto de vista gerencial, as necessidades de um escritório de Advocacia demandam uma gestão holística que englobe o mais rotineiro da atividade jurídica até o mais excepcional. Por isso, seja na seleção de estagiários ou no estabelecimento de prioridades da produção jurídica, há a necessidade de gerir visando a oferecer ao escritório condições de desenvolvimento e autossustentação.

Isso significa praticar uma gestão prospectiva, capaz de se antecipar a barreiras e a oportunidades, mas também apta a aproveitar ao máximo, e efetivamente, seus recursos organizacionais, evitando tanto a redundância de esforços quanto a sua deficiência. Na Advocacia, entretanto, dada a dificuldade do advogado de conhecer e implementar ferramentas de gestão, há erros muito comuns que atrasam a produtividade jurídica, quando não a inviabilizam, impactando, diretamente, na rentabilidade do escritório.

Pensando nisso, a Computar reuniu os 3 problemas de gestão nos escritórios de Advocacia que impactam diretamente em sua rentabilidade. Confira!

1. Otimização do tempo

Saber otimizar o tempo é importante para a vida, mas, na Advocacia, esse conhecimento é indispensável. Isso porque, como se trata de uma profissão liberal, não há muita previsibilidade com que contar. Por isso, é preciso usufruir do tempo com sagacidade, evitando dispersá-lo ou concentrá-lo de forma contraproducente.

Mas de que modo é possível otimizar o tempo na Advocacia? O primeiro passo é estabelecer prioridades! E estabelecer prioridades envolve, necessariamente, organização. Então, faça uma projeção de sua semana, indicando quais atividades irá realizar e quais metas pretende cumprir.

Por exemplo, se em sua semana você só tiver de fazer peças inaugurais ou de juntada, é possível condensar tudo em um ou dois dias, a fim de liberar o restante da semana para outras atividades. Por isso, tenha sempre organizada a sua agenda semanal, a fim de evitar ter muito tempo na ociosidade e pouco tempo na ocupação.

E de que forma a falta dessa otimização pode impactar na rentabilidade do escritório? Afetando a produtividade jurídica, na medida em que o desempenho do advogado-gestor fica reduzido ante a dispersão ou concentração disfuncionais de tempo. Para te ajudar a promover essa otimização, indicamos a utilização de agendas eletrônicas de fácil acesso, como o Google Agenda; Listas, com as prioridades e ou Softwares de gestão do tempo.

2. Muita demanda para pouca produção

No início da carreira, os advogados padecem até encontrar causas para patrocinar. Entretanto, basta aumentar um pouco a cartela de clientes que os advogados estabelecem prioridades na produção e no andamento de determinados processos. Nesse contexto, é muito comum deixar de dar entrada em ações que envolvam, por exemplo, demandas consumeristas, processadas no Juizado Especial Cível.

Isso porque o retorno econômico delas costuma estar aquém do retorno de outros processos, como os previdenciários e trabalhistas. Ocorre, entretanto, que deixar de lado essas demandas com baixo retorno denuncia o problema da falta de otimização do tempo, não sendo nada interessante para a rentabilidade do escritório, pois se uma só ação consumerista tem expectativa de retorno de R$ 2.000,00 (dois mil) reais, por exemplo, cinco ações dessa mesma natureza retornariam R$ 10.000,00 (dez mil) reais. Portanto, negligenciar essas ações sob o argumento imediatista do baixo retorno financeiro é deixar de contar com alguns mil reais no final do mês.

Para subverter esse cálculo de “custo-benefício”, o que o advogado pode fazer é simples: delegar ao seu estagiário a produção de todas as peças que envolvam as referidas ações, bem como a participação em audiências no juizado. Sim, pois, nos Juizados Especiais é possível a ausência do advogado nas audiências unas de conciliação e instrução, de modo que o próprio estagiário, uma vez treinado, tem plenas condições de assistir o cliente.

Para tanto, é claro, você, enquanto advogado-gestor, deve oferecer um bônus na bolsa de estágio. Dessa forma, ganham as três partes: você, seu cliente e o estagiário, seu colaborador. Portanto, deixe de perder dinheiro por falta de estratégias de organização.

3. Atraso no pagamento dos colaboradores

Muito comum em escritórios de Advocacia cujos gestores incorrem no erro primário e grave da confusão patrimonial. Isso porque, uma vez que se misturam as contas do escritório com as contas do advogado-gestor, o pagamento dos colaboradores fica submetido à expectativa de entradas, imprevisibilidade que só deve acometer o advogado-gestor, e não os seus colaboradores, como estagiários e advogados contratados do escritório.

Atrasar o pagamento dos colaboradores impacta diretamente na rentabilidade do escritório, porque política remuneratória é capaz de motivar ou desmotivar os colaboradores, principalmente, quando associada a condições internas de trabalho. Nesse contexto, é muito comum que estagiários, cujo vínculo com o escritório não é trabalhista, tenham seus pagamentos negligenciados, pelo que passam, não raras vezes, a responder com negligência também, produzindo menos, chegando atrasado, inventando consultas médicas, etc.

Conclusão

Portanto, se você quiser potencializar, e não diminuir, a rentabilidade do seu escritório, tenha em mente a necessidade de saber otimizar o tempo e de não negligenciar clientes, nem colaboradores. Assim, será possível garantir ao seu escritório condições sustentáveis de crescimento.

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