Como perceber que o financeiro da sua advocacia está em crise

Para saber se o financeiro da sua Advocacia está em crise é simples, bastando saber observar alguns sinais. Pensando nisso, a Computar selecionou 4 indícios de que a crise financeira talvez esteja batendo na porta do seu escritório. Assim, se você desconfia que o financeiro da sua advocacia sugere sinais de disfuncionalidade, então, este artigo é para você! Confira!

1. Verifique se as contas pessoais e as contas empresariais estão misturadas

A confusão patrimonial é o problema mais comum nos negócios em geral. Na advocacia, talvez seja até mais recorrente em razão da relação de domínio pessoal que o advogado-gestor cria para com o escritório. Por isso, esta deve ser a primeira medida a ser adotada, a fim de saber se o financeiro do seu escritório está em crise.

Para isso, avalie, em um primeiro momento, a origem de todos os gastos sustentados pelo financeiro do escritório, a fim de saber se algumas dessas despesas são pessoais, em vez de empresariais. Da mesma forma, em um segundo momento, verifique se, em suas contas pessoais, constam despesas com as quais o escritório deveria arcar. Se, com isso, você perceber que tanto o escritório paga suas contas, quanto você paga as contas do escritório, esteja sob alerta!

Isso porque essa mistura de contas, apesar de muito comum, é um dos principais fatores responsáveis pelo fechamento de empresas. Consulte o seu financeiro e adote medidas de separação, organização e controle das contas, a fim de não prejudicar nem o seu bolso, nem o crescimento do escritório.

2. Avalie se o escritório tem um capital de giro efetivo

Ter um negócio, e não ter um capital de giro é como viajar de barco sem colete salva-vidas: você pode ter uma viagem tranquila, e não precisar; mas você pode também pegar um mar agitado, ter seu barco virado e não saber nadar… ou seja, é contar com a sorte! Ocorre que não se pode esquecer de que empreender é, na prática, corresponde a gerir imprevisibilidades. E, sendo assim, é preciso se preparar para eventuais dificuldades, tanto financeiras, quanto – no caso específico da advocacia – relacionadas à própria atividade jurídica.

Portanto, consulte o financeiro do seu escritório, a fim de saber como anda o seu capital de giro e qual a efetividade dele. Afinal, sabe-se que um capital de giro efetivo tem que ter capacidade de sustentar o escritório por um determinado período de tempo. Em regra, calcula-se que o capital de giro tem que ter um montante que corresponda a 6 meses de despesas ordinárias do escritório. Mas isso, é claro, vai depender da realidade concreta do seu escritório de advocacia.

3. Observe se há controle inadimplências potenciais e atuais

As inadimplências, na advocacia, exigem muito controle por parte do setor financeiro do escritório. Isso porque, dada a pessoalidade que acaba existindo na relação entre advogado e cliente, é muito comum que se flexibilize prazos e formas de pagamento. E isso é ótimo! Não há problema algum em fornecer ao cliente melhores condições de adimplemento do contrato de prestação de serviços, a fim de evitar desgastes.

A questão é tão somente que isso precisa estar previsto e submetido a um controle prévio e concomitante por parte do centro financeiro do escritório. As formas de otimização desse controle perpassam diversos aspectos gerenciais do escritório, como gestão de processos, de contratos, meios de comunicação, etc.

Por isso é que uma das formas mais eficazes de avaliar se o financeiro do escritório está em crise é observando o grau de controle desse setor sobre as inadimplências, tanto potenciais quanto reais. 

4. Confira o fluxo do caixa mensal do escritório

Por fim, uma dica muito básica para saber se o financeiro do escritório está em crise: faça o controle do fluxo de caixa! O fluxo de caixa, como já falado em outros artigos deste blog, nada mais é que o controle de tudo que entra e tudo o que sai, a títulos financeiros, durante um determinado período.

É a dica mais básica porque, além de revelar em quanto a despesa mensal do escritório compromete a sua renda, evidencia também a existência e os efeitos imediatos da confusão patrimonial. Isso porque, ao avaliar as contas, de forma discriminada, será possível não só identificar a confusão patrimonial, como também perceber a sua origem, o que facilita o processo de correção.

Conclusão

O setor financeiro de um escritório de advocacia deve funcionar de forma integrada, pontual, objetiva e, sobretudo, funcional. Isso significa que não basta fazer o controle de quanto entra e quanto sai na hora de fechar a conta mensal. É preciso muito além disso, como, por exemplo, gerir contratos, a fim de evitar que o escritório tenha de suportar o rombo das inadimplências com o próprio capital de giro. Portanto, esteja atento ao setor financeiro do seu escritório.

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