A conciliação bancária é um dos mais importantes instrumentos de gestão financeira. Isso porque é como se fosse uma espécie de “autenticação de dois fatores” no contexto do controle financeiro. Mas como assim? Bom, a conciliação bancária nada mais é do que a comparação entre os valores referentes a entradas e saídas do sistema de gestão com aqueles que constam no extrato bancário da empresa.
Por isso, é como se fosse uma “autenticação de dois fatores”, pois em cima de um controle interno – que é o fluxo de caixa – é feito um outro controle, de natureza comparativa, a conciliação bancária. Ou seja, a conciliação bancária é um controle de conferência, por meio do qual o gestor passa a ter ainda mais confiança e segurança em relação aos números do seu negócio.
Afinal, ao comparar os valores de entradas e saídas – que constam do seu controle interno – com os valores que estão no extrato bancário da conta da empresa, é possível apurar, com precisão, a realidade financeira do negócio. Mas quais as repercussões práticas disso para a empresa? Por que a conciliação bancária é uma prática importante no contexto da gestão financeira? Vejamos!
Qual a importância da conciliação bancária no contexto da gestão financeira?
Na medida em que compara os valores do fluxo de caixa com os valores que constam no extrato bancário, a conciliação bancária explicita, ao gestor, em que condições o negócio está, de fato, operando. Além disso, a conciliação bancária precisa os valores reais com os quais a empresa pode contar, a fim de prospectar ações baseadas em informações financeiras confiáveis.
Há, ainda, outra repercussão muito importante da conciliação bancária sobre a gestão financeira, que é o controle de fraudes. Estas fraudes podem estar relacionadas tanto a cheques não compensados, mas apurados no controle interno; depósitos em dinheiro abaixo do valor estipulado; desvios de ativos, etc. Por isso, diz-se que a conciliação bancária é uma ferramenta que visa a garantir que não ocorram inconsistências de dados no controle financeiro da empresa, que, internamente, é feito por meio do fluxo de caixa.
Portanto, não dá para confundir conciliação bancária com fluxo de caixa, pois esta está sujeita a um maior grau de imprecisões; já aquela é baseada na realidade dos números do negócio. Logo, é possível afirmar que a conciliação bancária serve para garantir a assertividade das movimentações lançadas pelo fluxo de caixa.
Como é feita a conciliação bancária?
Existe uma orientação geral para dar início ao procedimento da conciliação bancária. Este passo a passo envolve, basicamente, definir o período de análise/comparação; indicar todas as contas utilizadas pela empresa; manter o fluxo de caixa atualizado e guardar documentações relevantes no processo, como notas fiscais, recibos e comprovantes. Depois disso, é possível iniciar esse controle comparativo, munido dos extratos de cada conta.
Como é de se imaginar, a conciliação bancária pode ser muito complexa, se feita de forma manual. Por isso, muitos negócios contratam softwares de gestão financeira, por meio dos quais os valores lançados no fluxo de caixa são, automaticamente, comparados com os valores presentes nas contas bancárias.
Conclusão
A conciliação bancária é um controle do qual não se deve abrir mão, pois o fluxo de caixa – sua referência comparativa – é a espinha dorsal de qualquer negócio, uma vez que reúne e especifica toda sua movimentação financeira. Sendo assim, negligenciá-lo pode representar a disfuncionalidade do controle realizado pelo fluxo de caixa ao passo em que se cria a ilusão de que está havendo um controle financeiro efetivo.