O planejamento estratégico é, basicamente, um processo cuja finalidade é a de projeção, provisão e direcionamento voltados para a sustentabilidade de uma organização. Na Advocacia, ele pode ser ainda mais complexo, dadas as imprevisibilidades que a caracterizam. Por isso mesmo é que um escritório de Advocacia – seja grande ou pequeno – não pode abrir mão de fazê-lo, pois, se para as grandes estruturas, o planejamento estratégico é indispensável à sustentabilidade, para os pequenos escritórios ele é imprescindível ao crescimento.
Mas como fazê-lo, afinal? O que integra o planejamento estratégico? Bom, de forma bem simples, o planejamento estratégico é composto, basicamente, por 4 etapas: elaboração, execução, avaliação e controle. Todas essas etapas têm de estar interligadas e orientadas pelo objetivo do escritório, que deve ser definido a cada início de ano, assim como o próprio planejamento estratégico.
Para te ajudar a elaborá-lo, a Computar elaborou 5 dicas de como fazer o planejamento estratégico do seu escritório de Advocacia. Confira abaixo!
1. Defina o objetivo do planejamento estratégico
O primeiro passo de um planejamento estratégico é a elaboração. Mas, antes de elaborar, é preciso, evidentemente, saber com que finalidade, não é? Portanto, tenha clareza quanto ao objetivo do seu escritório de Advocacia, ao realizar o planejamento. Se o objetivo, por exemplo, for aumentar a prospecção de clientes, o planejamento precisa ser feito com base neste propósito. Mas é possível, é claro, definir mais de um objetivo, isso precisa apenas estar claro no momento da elaboração.
2. Estabeleça metas
Depois de definir o objetivo do planejamento estratégico, o segundo passo é o estabelecimento de metas, o que é próprio da realidade particular de cada escritório de advocacia, pois isso irá influir, diretamente, no desempenho desejado. Mas é claro que, independentemente do conteúdo das metas – e das condições de realizá-las – é preciso saber estabelecê-las de modo a viabilizar o seu alcance.
Por isso, neste momento do planejamento, o que se deve ter em mente é a necessidade de estabelecer metas alcançáveis. E isso exige, sobretudo, clareza e comunicação, no processo, por parte de todos os colaboradores que integrem a organização do escritório.
Isso porque de nada adianta definir metas que o grupo encarregado de atingir não esteja apto a fazê-lo. Portanto, a definição dos objetivos pode até partir da alta gerência do escritório, mas o estabelecimento de metas para realizá-los, é, necessariamente, uma composição coletiva.
3. Atribua responsabilidades
Esta dica está, intimamente, relacionada com o tópico acima. Isso porque o ato de atribuição de responsabilidades tem de ser, praticamente, concomitante ao estabelecimento de metas. Afinal, como falamos acima, é preciso estabelecer metas efetivamente atingíveis e isso é da condição de cada colaborador do escritório.
Assim, ao definir as metas, é preciso medir a sua alcançabilidade real a partir das condições de execução dos responsáveis. E isso, é claro, demanda discussão e, sobretudo, comprometimento de todas as partes envolvidas no processo de planejamento.
4. Preveja formas de controle concomitante e a posteriori
Faz parte do ciclo de todo planejamento estratégico a apuração dos resultados. Por isso, é preciso estabelecer “ritos”, ou seja, momentos pré-datados de avaliação do cumprimento das metas e de mensuração do alcance dos objetivos. Trata-se, portanto, de reuniões para avaliar a execução do planejamento. Tais reuniões, por óbvio, precisam ser objetivas e correcionais, ou seja, diretas e incisivas.
Para facilitar nessa objetividade, é possível se orientar com base no método seguinte roteiro de apuração: há problema? Se sim, onde está o problema? Por que há o problema? Como e até quando resolver o problema? Quem pode resolver o problema? Assim, é possível ter uma reunião produtiva, com resultados eficazes, que cumpra o seu papel dentro do processo de planejamento, que é direcionar e avaliar.
5. Utilize a tecnologia a favor do escritório
Dada a complexidade do processo de planejamento estratégico, não dá para abrir mão da tecnologia. Por isso, tanto para elaboração, quanto para a execução e o controle, utilize softwares de gestão. Assim, ficará muito mais prático desenvolver todas as etapas do planejamento estratégico, tornando-o mais claro, dinâmico e, principalmente, flexível. Portanto, conte com a tecnologia para facilitar todos os procedimentos que compõem o processo de planejamento e priorize ferramentas integradas, em especial, relatórios financeiros como o demonstrativo de resultados (DRE) e o fluxo de caixa.
Conclusão
O planejamento estratégico de um escritório de Advocacia deve se pautar numa projeção a médio e longo prazo, levando em consideração o objetivo do escritório e as condições reais de alcance das metas que o compõem. Por isso, este processo de planejamento deve ser integrado de forma funcional, priorizando a participação de todos os colaboradores desde a elaboração até a avaliação.